Os empenhos escondidos são os mais completos no conteúdo e longos no tempo. Sem exibir a qualidade de cada acção e o cuidado nela aplicado, entrega o melhor porque é o que quer. Não para agradar pois a acção não será vista e não por pressão porque ninguém pediu ou exigiu. É por saber que aquele empenho pertence ali e será um hiato chato optar por não o fazer. Há gosto em fazê-lo e, enquanto se faz, está a desejar-se uma qualquer repercussão sem aviso que dê satisfação à outra parte, sem que lhe seja nítida a origem. Não conseguir medir os efeitos desordenados é o impulso à contínua diligência como se o perigo de ser descoberto fosse iminente. Seja por medo ou esperança, pressente que pode ser útil ter pronta uma clara demonstração de todo o mérito que esteve encoberto por tanto tempo.
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