É quando somos comparados ao que de pior evitámos durante anos; quando se ofendem com tudo aquilo que nos esforçamos por saber dizer; quando tudo o que de valor fizemos é olhado com desprezo, face aos pecados dos piores seres que conhecemos; quando as coisas em que nos dedicamos são depreciadas como caprichos insignificantes; quando nos ameaçam tirá-las com o indiferente contentamento de nos pisar os ossos. É quando este insulto não desperta em nós nenhum arrependimento mas provoca uma revolta insuperável e nos iramos para defender tudo o que foi ultrajado. É nessa altura que percebemos que escolhemos e trabalhámos para nós e não para agradar aos outros. O que nos fizeram não foi uma ofensa. Foi um meio violento de confirmação. Uma forma de nos assegurarmos.
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