segunda-feira, 5 de abril de 2010

intemporal


"Assim, se o PS não é ainda o partido único, a verdade é que diz que se a unidade se não faz à sua volta, então é ilegítima! Isto é uma monarquia “ideológica” liberal mas é ainda uma monarquia ideológica. Não é o partido único mas é o partido-mestre, intercalar entre o único e o vário, entre o socialismo e “o resto”, meio-único, mexicano ou institucional, sucedâneo do único – e também, nesta versão, afinal, intermediário ou intercessor, junto do mais único de todos os partidos, aquele que já é mais do que um partido, quando os outros ainda o não são bem, o Partido Comunista. É como uma escadaria, em suma.

Há aqui uma lógica de patrimonialismo ideológico que tem, aliás, a Constituição pelo seu lado. E porque não haveria de ser assim se a Constituição também está do lado do PS? Para um partido, ainda por cima sentimental, é indispensável que o amor com amor se pague. A Constituição, de facto, permite ao PS repousar sobre a predestinação a que ela o vota. A Constituição é, de facto, garante do poder ideológico, pelo menos garante de uma certa confessionalidade laica do Estado, tanto ou mais do que garante da liberdade. Demasiado fechada à volta de uma ideologia e de algumas organizações, a Constituição hesita demasiado entre o CR e o Povo, entre o “poder” popular e o poder eleitoral, entre os militantes socialistas e os votantes de todos os partidos. (...)

A Constituição é pois uma escritura da nova propriedade socialista do regime. (...) Numa visão mais pessimista, dir-se-ia, até, estarmos perante um esboço de “Estado Novo Socialista”, uma nova Democracia Orgânica, agora Socialista."

(Francisco LUCAS PIRES, artigo no Diário de Notícias, 10 de setembro 1980)

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Arrogantes

Só me resta o blog! Esta gentalha do bloco de esquerda que faz da liberdade bandeira é a pior farsa sobrevivente no nosso país. Incoerentes não podiam ser mais. Que eu me via impossibilitada de comentar "notícias" e artigos de opinião da esquerda.net, já estava cansada de saber por força das circunstâncias; e é um favor que me fazem porque assim não perco o meu tempo com insignificâncias.

E por falar em insignificâncias...Estava eu a queimar tempo no youtube a apreciar boas "películas" quando fui dar de caras com uma intervenção do Fernando Rosas (na espectativa de rir ou de chorar) e quando a revolta me sobe e me dá o incentivo para postar um comentário, possivelmente agressivo, vejo-me travada! Ai que eu tou tramada! Eu não queria implicar com estes "senhores" mas puxam por mim vezes demais!! Intolerável! Até no youtube se recusam a ouvir porque têm medo da exposição, lá está. Quem não deve não teme e quem tem bons argumentos não receia a contra-ofensiva.

O entendido da história, o Rosas, falava então acerca do museu Salazar, em Santa Comba Dão, e afirma que o mesmo seria entregue à "exploração política dos nostálgicos do regime anterior, mitificação ahistorica do seu chefe" e diz ainda que o museu do "ditador" seria "santuário obsuleto de peregrinação da extrema-direita".
Estes tipos adoram criar lacunas na história e em mitificação e diabolização também são especialistas.

*fica o link para quem conseguir ser tolerante ao ponto de ouvir

http://www.youtube.com/watch?v=tWFC5xxChdM&feature=related

(pena não ser possível ouvir a intervenção de Nuno Melo que se segue à deste)

Relíquias



só gente moderada...

*e gosto especialmente do fumo que envolve o mediador do debate. Vai para aqui uma permissividade. Estou a imaginar a Judite de Sousa nos frente-a-frente em 2009 a fazer pausas com um cigarro de enrolar.