domingo, 31 de outubro de 2010

fifteen minutes with you

Fifteen minutes with you
Well, I wouldn't say no
Oh, people said that you were virtually dead
And they were so wrong
Fifteen minutes with you
Oh, well, I wouldn't say no
Oh, people said that you were easily led
And they were half-right
(...)
Fifteen minutes with you
Oh, I wouldn't say no
Oh, people see no worth in you
Oh, but I do.

Patti Smith - Privilege (Set me free)



Give me something.
Give me something to give.
Oh, god, give me something:
A reason to live.
My body is aching.
Don't want sympathy.
Come on. Come and love me.
Come on. Set me free.
Set me free.

The lord is my shepherd. I shall not want.
He maketh me to lie down in green pastures.
He leadeth me beside the still waters.
He restoreth my soul.
He leadeth me through the path of righteousness for his name's sake.
Yea, though I walk through the valley of the shadow of death,
I will fear no evil, for thou art with me.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

The Psychology of Pleasure

Pleasure, for man, is not a luxury, but a profound psychological need.

Pleasure (in the widest sense of the term) is a metaphysical concomitant of life, the reward and consequence of successful action—just as pain is the insignia of failure, destruction, death.
Through the state of enjoyment, man experiences the value of life, the sense that life is worth living, worth struggling to maintain. In order to live, man must act to achieve values. Pleasure or enjoyment is at once an emotional payment for successful action and an incentive to continue acting.

Further, because of the metaphysical meaning of pleasure to man, the state of enjoyment gives him a direct experience of his own efficacy, of his competence to deal with the facts of reality, to achieve his values, to live. Implicitly contained in the experience of pleasure is the feeling: “I am in control of my existence”—just as implicitly contained in the experience of pain is the feeling: “I am helpless.” As pleasure emotionally entails a sense of efficacy, so pain emotionally entails a sense of impotence.

Thus, in letting man experience, in his own person, the sense that life is a value and that he is a value, pleasure serves as the emotional fuel of man’s existence. Just as the pleasure-pain mechanism of man’s body works as a barometer of health or injury, so the pleasure-pain mechanism of his consciousness works on the same principle, acting as a barometer of what is for him or against him, what is beneficial to his life or inimical. But man is a being of volitional consciousness, he has no innate ideas, no automatic or infallible knowledge of what his survival depends on. He must choose the values that are to guide his actions and set his goals. His emotional mechanism will work according to the kind of values he chooses. It is his values that determine what a man feels to be for him or against him; it is his values that determine what a man seeks for pleasure.

If a man makes an error in his choice of values, his emotional mechanism will not correct him: it has no will of its own. If a man’s values are such that he desires things which, in fact and in reality, lead to his destruction, his emotional mechanism will not save him, but will, instead, urge him on toward destruction: he will have set it in reverse, against himself and against the facts of reality, against his own life. Man’s emotional mechanism is like an electronic computer: man hasthe power to program it, but no power to change its nature—so that if he sets the wrong programming, he will not be able to escape the fact that the most self-destructive desires will have, for him, the emotional intensity and urgency of lifesaving actions. He has, of course, the power to change the programming—but only by changing his values.

A man’s basic values reflect his conscious or subconscious view of himself and of existence. They are the expression of (a) the degree and nature of his self-esteem or lack of it, and (b) the extent to which he regards the universe as open to his understanding and action or closed—i.e., the extent to which he holds a benevolent or malevolent view of existence.

Thus, the things which a man seeks for pleasure or enjoyment are profoundly revealing psychologically; they are the index of his character and soul. (By “soul,” I mean: a man’s consciousness and his basic motivating values.) There are, broadly, five (interconnected) areas that allow man to experience the enjoyment of life: productive work, human relationships, recreation, art, sex.

The Psychology of Pleasure
by Nathaniel Branden
in Ayn Rand – THE VIRTUE OF SELFISHNESS

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

sábado, 23 de outubro de 2010

we used to wait



Now our lives are changing fast
Now our lives are changing fast
Hope that something pure can last
Hope that something pure can last

It seems strange
How we used to wait for letters to arrive
But what's stranger still
Is how something so small can keep you alive

We used to wait
We used to waste hours just walking around
We used to wait
All those wasted lives in the wilderness downtown

oooo we used to wait
oooo we used to wait
oooo we used to wait
Sometimes it never came

Não há Tempo

Os compromissos aceleram o tempo e os interesses tão aguardados estancam-me o calendário. A canseira da responsabilidade regular, quando desagradável, não me pede permissão para fazer sucumbir horas, angustiar a minha dose de sossego diária…Horas daquelas…prefiro queimá-las e não pensar em nada; olhar para o tecto é mais compensador que ouvi-los falar. Não vou marcar hora, não vou chegar atrasada, nem antes da hora porque a hora não existe, foi marcada por alguém; vou chegar.

Posso controlar o tempo porque sei que não há tempo, há sucessão de acções e inacções que consomem mais ou menos energia, que são vividas com maior ou menor entusiasmo e depois, existem longos intervalos de ansiedade que tardam a ver chegar a parte boa, a que se quer e que, por sua vez, quando vem, revela-se veloz e fugitiva. O tempo é doloroso porque impõem a ilusão de uma indesmentível perda daquilo que já foi, obrigação de gula no presente e tédio pela incerteza do sucesso correspondido no futuro. O tempo é doloroso porque se traz leveza pensar na chegada dos bons momentos, esse pensamento retarda o passar de cada minuto e pode tornar o anseio mais frustrado ou mais fortalecido, lembra-nos também que se nos tornamos servos da agenda laboral e ordinária, isso consumirá a margem de manobra dos nossos afazeres, embora nos livre mais depressa do seu peso e nos faça chegar ao tal bom momento que teria tardado mais se tivesse o pensamento fixo nele permanentemente.

______________________,,________________________,,______________________
Não quero incluir o tempo no meu esquema.
Não quero pensar nas cousas como presentes; quero pensar nelas
como cousas.

Não quero separá-las de si-próprias, tratando-as por presentes.

Eu nem por reais as devia tratar.
Eu não as devia tratar por nada.

Eu devia vê-las, apenas vê-las;
Vê-las até não poder pensar nelas,
Vê-las sem tempo, nem espaço,
Ver podendo dispensar tudo menos o que se vê.
É esta a ciência de ver, que não é nenhuma.

Alberto Caeiro

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Denúncias Intemporais

56. Os tesouros da Igreja, dos quais o papa tira e distribui as indulgências, não são bastante mencionadas e nem suficientemente conhecidos na Igreja de Cristo.
66. Os tesouros das indulgências, porém, são as redes com que hoje se apanham as riquezas dos homens.
67. As indulgências apregoadas pelos seus vendedores com a mais sublime graça decerto assim são considerados porque lhes trazem grandes proventos.
71. Aquele, porém, que se insurgir contra as palavras insolentes e arrogantes dos apregoadores de indulgências, seja abençoado.
86. Ainda: Porque o papa, cuja fortuna hoje é a mais principesca do que a de qualquer Credo, não prefere edificar a catedral de São Pedro do seu próprio bolso em vez de o fazer com o dinheiro de fiéis pobres ?
95. E assim esperem mais entrar no reino dos céus através de muitas tribulações do que facilitados diante de consolações infundadas.

Martinho Lutero, 95 Teses Contra as Indulgências.

Nada mau para 1517...

Martinho Lutero in Largo do Rato, 2010

domingo, 17 de outubro de 2010

Neil Diamond - Girl, You'll Be A Woman Soon (1972)



I love you so much, can't count all the ways
I'd die for you girl, and all they can say is
"He's not your kind"

They never get tired of puttin' me down
And I never know when I come around
What I'm gonna find
Don't let them make up your mind
Don't you know

Girl, you'll be a woman soon
Please come take my hand
Girl, you'll be a woman soon
Soon you'll need a man

sábado, 16 de outubro de 2010

No dia da entrega da Pen Drive

Conformity is the jailer of freedom and the enemy of growth.
John F. Kennedy


Magnifying Glass On Businessman, Peter Bono



Pipe In Dollar Sign Formation, John Berry

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Perpétua Regeneração

Afinal era a mentira, uma tal etapa da vida em que rejeitaríamos definitivamente o contacto com as entidades desejadas que nos desiludem. Não nos desiludem, algumas...desencontram-se com os nossos desígnios pela obra do acaso, às vezes, e inocentes. Andamos à mercê das oscilações entre o pico da empatia/correspondência e o extremo da indiferença e da negligência cortante e, sendo assim, caminhamos na intermitência de períodos de nojo a que se sucedem, incrivelmente, imediatos e sinceros períodos de encantamento absoluto, cego e renovado, através de um mecanismo de formatação da memória pessoal que apaga registos da experiência. Porque a experiência é a torre que se eleva alicerçada em impressões dos factores externos não esclarecidos, desgostos do ego, acções irreflectidas e efeitos perversos sem intenção do sujeito que os perpetrou, lapsos de memória e interpretações unilaterais que induzem em arrogância solitária e no sucumbir das esperanças.

(Isto amanhã pode ser mentira. Ando só a especular ao sabor dos ventos, e das tempestades)

domingo, 10 de outubro de 2010

Hábitos e Segurança

Detesto ter hábitos. Habitualmente, é agir assim porque há uma força viciada que nos incute a fazer dessa forma e não de outra porque já tentámos daquela uma vez e resultou, foi uma boa sensação, não corremos riscos e confirmámos que por ali sentíamos certa segurança.

A segurança, essa também, uma aliada ameaçadora, pois cria uma dependência bem recebida pelo agente da acção mas no fundo oculta o seu sentido de amarra, incerta e até fictícia, que se mostra um bom recurso que vai subornando e corrompendo a liberdade. Tenho vindo a notar que hábitos e a noção de segurança andam de braço dado, para o bem e para o mal. Não gosto de hábitos, não gosto de ser convencida e manipulada pela pressão da necessidade de segurança porque nada é certo e é bem melhor ser surpreendida ao colher pela aleatoriedade lógica efeitos das causas que vou semeando. Levar com o resultado das minhas combinação de acções pensadas ou não, e de escolhas necessárias, arrependidas ou não.

Não gosto de hábitos nem da supremacia da segurança que teima em escolher a direcção sem eu ter força e tempo de escolher. E porque não gosto de hábitos e da sensação de ser orientada pela segurança vaga (toda ela é vaga)? Porque tenho plena consciência da sua persistência quando na verdade nem sempre paro para notar que está lá...

É genial demais atingir a barreira da descompressão em que não seremos mais cativos da regra diária, da recompensa previsível, da presença pontual, da troca mútua, da suposta protecção sinceramente infalível e de confiança.

O pior do hábito é ser geralmente alicerçado num mito e quando nos predispomos a encarar o mito como tal, cai por terra a vã segurança e emancipa-se o desconforto diante das horas empenhadas nos hábitos, repetidos em dias, semanas e meses...Antes acordar cedo para a necessidade da desconfiança que embora mal encarada como isolada e pessimista, leva de avanço a experiência amarga que não se abre a embelezamentos que abrir novas oportunidades à cínica da segurança e à força do hábito, traidora que queima as minhas horas.

Whiskeytown - Sit and Listen to the Rain

O aguardado som da chuva enquadra agora: reorientação laboral, desorientação social, memória repetitiva, alguma carência de estímulos e surpresas, motivação rotineira e moléstia em largos momentos de doutrinamento indesejado, retrospectivas insistentes, certezas improváveis, transporte até à atmosfera arquitectada minuciosamente na minha selecção instintiva de requisições/rejeições mentais, a morosidade na concretização de desígnios imaginários. E o dia só tem 24 horas, uma provação violenta, multiplicada 30 dias ao mês. Bem-aventurados os equilibrados que são tão fustigados. Use the rain to feel so much!



I’ll never understand this emptiness
I’ll never really try and understand, I guess
I’ll never understand this emptiness
I’ll never really try and understand,
Try and understand, I guess

Sit around, dream away the place I’m from
Used to feel so much, now I just feel dumb
Could go out tonight, but I ain’t sure what for
Call a friend or two I don’t know anymore

Sit and listen to the rain
Sit and listen to the rain