domingo, 30 de outubro de 2011

Invenções

End the pier, end of the bay
...
But I'm not the man you think I am


Se não existem verdades absolutas e todos criamos combinações distintas de pontos dispersos da realidade, então é inevitável inventar. Todos inventamos e toda a compreensão passa por perceber que nos limitamos a fazer combinações de múltiplos indícios difusos que conjugamos, doseamos na intensidade e reproduzimos repetidamente.

Sendo a criatividade e o espírito inventivo tão úteis para o progresso de todos, é estranho pressentir que possa ser tão desconcertante, por vezes, no plano psicológico para o indivíduo. Se, por um lado, inventar é subsistir e até ganhar vantagem, dar atenção à fragilidade das nossas combinações é enfrentar o peso da nossa irresponsabilidade mental. É tornar questionável a nossa preferência pelo que é, no momento, agradável. Não há vontade maior, no momento da degradação causada pela repetição favorável de criações próprias, que a vontade de ter de volta uma jamais existente verdade crua. O anseio mais genuíno que nos surge à nascença e que é recuperado perto do fim, para fugir à insegurança das invenções e repudiar os rodeios inconclusivos.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Blue Lips - Regina Spektor



(...)
He took a step but then felt tired
He said, i'll rest a little while
But when he tried to walk again
He wasn't a child
And all the people hurried past
Real fast and no one ever smiled

Blue lips
Blue veins
Blue, the color of our planet from far, far away

He stumbled into faith and thought,
God, this is all there is
The pictures in his mind arose
And began to breathe
And no one saw and no one heard
They just followed lead
The pictures in his mind awoke
And began to breed

They started off beneath the knowledge tree
Then they chopped it down to make white picket fences
They marched along the railroad tracks
And smiled real wide for the camera lenses
They made it past the enemy lines
Just to become enslaved in the assembly lines
(...)