Afinal era a mentira, uma tal etapa da vida em que rejeitaríamos definitivamente o contacto com as entidades desejadas que nos desiludem. Não nos desiludem, algumas...desencontram-se com os nossos desígnios pela obra do acaso, às vezes, e inocentes. Andamos à mercê das oscilações entre o pico da empatia/correspondência e o extremo da indiferença e da negligência cortante e, sendo assim, caminhamos na intermitência de períodos de nojo a que se sucedem, incrivelmente, imediatos e sinceros períodos de encantamento absoluto, cego e renovado, através de um mecanismo de formatação da memória pessoal que apaga registos da experiência. Porque a experiência é a torre que se eleva alicerçada em impressões dos factores externos não esclarecidos, desgostos do ego, acções irreflectidas e efeitos perversos sem intenção do sujeito que os perpetrou, lapsos de memória e interpretações unilaterais que induzem em arrogância solitária e no sucumbir das esperanças.
(Isto amanhã pode ser mentira. Ando só a especular ao sabor dos ventos, e das tempestades)
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