Acho insuficiente, pouco, nada, resquícios de tempo sumido.
Passa a sufocante, indescritível, um querer intransponível, inconfessável por previsível descrédito a receber, incipiente compreensão e negligente partilha…
Fora mal revelada, inacabada, uma desonestidade despretensiosa, verdade abatida, fugaz, perdida.
Ficara o insondável vazio no espaço, o perpétuo conforto ficcionado na sucessão das desistências. Maquinação cerebral devastadora. Intromissão orgânica subsistente, omnipresença ilegal, receptividade ao auto-engano que lhe furta a alma.
Não haverá regresso ao sítio certo que lhe fugiu. Culpa de quem o ergueu? Efémero vislumbre, mal de quem o perdeu. Não há retoma à rota dos não anunciados. Intempérie dos cerrados punhos e grilhões que incomodam como o não ver nada novo perante a face insaciada.
Ainda que incomodem, persistem. Os omitidos e acelerados mitos da mente. Um cárcere imaginário e regenerador de memórias venturosas, poucas, de recalcamentos tormentosos, muitos. A dose compensatória da imaginação, aliada à confissão consecutiva e exaustiva dos fracassos. Lamentável idealidade que repercute no devaneio de gueto. A repetida melodia que ecoa sozinha, sublimemente composta, e perfaz todo o resto que faltou, numa compensação incompleta mas árdua de sol a sol.
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