segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Solidariedade Planetária

Tive uma visão do paraíso na terra. Um exército planetário, pois só assim evitaremos facções e crispações em defesa de interesses rivais. Para além de mantermos a paz intacta, reuniremos poderio bélico capaz de fazer frente a qualquer marciano que nos ameace. Este exército permanente será financiado, naturalmente, pela boa vontade e impostos de todos os homens da Terra. Os mesmos impostos que servirão para nivelar a riqueza dos territórios, tão assimétrica e injustamente dotados pelo Criador. Contribuintes da Noruega a pagarem maquinaria agrícola para o Gabão; empreendimento de obras, no Alentejo, à conta de impostos cobrados no Texas. Só assim o egoísmo dos povos será abolido e atingiremos a plenitude da solidariedade. 

Penso que isto foi um toque inspirado pela opinião da Ana Gomes. Dizia ela, ontem à noite, que os europeus são “mesquinhos” porque não têm a visão do benefício para “um todo” e não são solidários. Entristece de facto (esta senhora deve ser a maior lá do bairro; solidária como só ela sabe.) Às vezes surpreendo-me com estas visões, apocalípticas mas lindas; depois lamento que não apareça ninguém, com regularidade, a convencer as pessoas que isto só vai lá com um orçamento único, bem atilado por gente genial que não se misture com o povo grunho que está cá em baixo a trabalhar, sentir, preferir e escolher coisas. Não costuma aparecer ninguém, pois não? Huum. 

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